terça-feira, 22 de janeiro de 2008

Programa da RTP 1 "AB CIÊNCIA"

A RTP pretende aproximar a Ciência do cidadão comum.

O “AB CIÊNCIA” pretende provar que a Ciência também é divertida e é destinado a toda a família.

Experiências realizadas em estúdio, rubricas diversas, entre as quais “A cozinha é um laboratório”, são alguns dos ingredientes do programa “AB CIÊNCIA”.

A apresentação está a cargo de Carlota Crespo, um novo rosto da RTP e do cientista Leonel Silva.


Horário do próximo programa

RTP 1 - Domingo 27 de Janeiro - 12.00 horas
RTP Internacional - Terça 22 de Janeiro - 21.30 horas
RTP N - Quarta 23 de Janeiro - 11.30 horas
RTP 2 - Sábado 26 de Janeiro - 19.00 horas

Cria a tua Constelação...!

Concurso “Descobre o teu céu”
Museus da Ciência desafiam alunos a criar constelações de estrelas
17.01.2008 - 17h18


Os alunos do ensino básico serão desafiados, ao longo deste ano, a criar constelações de estrelas, no âmbito do concurso “Descobre o teu céu”, promovido pelos museus da Ciência da Universidade de Coimbra e de Lisboa.

A iniciativa, que conta ainda com a Critical Software na promoção, insere-se no âmbito do programa de Celebração do Ano Internacional da Astronomia, assinalado em 2009.

Para “cultivar o gosto dos mais novos pela Astronomia”, a organização do concurso propõe “aos alunos de todas as escolas realizarem, a partir de quatro mapas, um desenho de novas constelações e uma narrativa”.

“A partir das estrelas de certas partes do céu que foram seleccionadas, inspirados na observação do céu real e/ou do céu de um planetário, ou simplesmente a partir de uma representação das estrelas numa imagem, pretende-se que os alunos construam novas constelações e desenvolvam histórias a elas associadas”, revela a organização.

As inscrições estão abertas até 30 de Novembro de 2008, e os trabalhos aceites até 21 de Dezembro de 2008.

O júri irá escolher os melhores trabalhos de cada escalão, que serão reunidos num livro a publicar em 2009. A obra será distribuída por todos os Agrupamentos de Escolas do país.

Os resultados do concurso, no qual podem participar equipas de cinco a 20 alunos e acompanhados por um professor, serão anunciados a 21 de Março de 2009.

O PÚBLICO.PT associa-se a esta iniciativa através da divulgação na sua página principal de um link para os regulamentos e página web do concurso, a ser disponibilizado nos momentos-chave do concurso: lançamento do concurso, apresentação dos resultados, divulgação da lista dos premiados.

in Público - ler notícia (via Blog AstroLeiria)



NOTA: O regulamento do concurso e os mapas do céu a considerar pelos concorrentes encontram-se disponíveis em:
http://www.museudaciencia.pt/

segunda-feira, 21 de janeiro de 2008

Olimpíadas do Ambiente - Resultados


(clicar para aumentar)

segunda-feira, 7 de janeiro de 2008

XIII Olimpíadas do Ambiente


Apresentação

As XIII Olimpíadas do Ambiente (OA) são um concurso de problemas e questões dirigido aos alunos do 7º ao 12º ano de escolaridade do ensino diurno e nocturno de escolas públicas, privadas ou do ensino cooperativo no território nacional, incluindo as regiões autónomas da Madeira e dos Açores. Esta iniciativa é coordenada por uma equipa multidisciplinar composta por elementos da Escola Superior de Biotecnologia da Universidade Católica Portuguesa, da Quercus - Associação Nacional de Conservação da Natureza e do Zoomarine - Mundo Aquático SA. Este ano conta com a colaboração da Câmara Municipal de Seia na organização da Final Nacional.

Objectivos fundamentais
  • incentivar o interesse pela temática ambiental;
  • aprofundar o conhecimento sobre a situação ambiental portuguesa e mundial;
  • estimular a capacidade oral e escrita;
  • promover o contacto com situações experimentais concretas;
  • desenvolver o espírito e curiosidade científica;
  • estimular a dinâmica de grupo e espírito de equipa, assim como a cooperação.

Áreas temáticas
  • conservação da Natureza;
  • recursos naturais;
  • poluição;
  • estilos de vida;
  • ameaças globais;
  • política ambiental;
  • realidade portuguesa.

Categorias
  • do 7º ao 9º ano de escolaridade - Categoria A
  • do 10º ao 12º ano de escolaridade - Categoria B

Todos os alunos inscritos nos anos escolares abrangidos são convidados a participar nas OA, através da sua escola, e nenhum pode ser discriminado com base na idade, sexo, crenças religiosas, deficiências intelectuais ou motoras, competências específicas ou área de ensino. Qualquer estabelecimento de ensino oficial ou particular do 7º ao 12º ano de escolaridade que não tenha sido directamente convidado a participar pode igualmente concorrer, desde que proceda à respectiva inscrição.

Fases
1ª eliminatória - Teste escrito com questões de escolha múltipla e uma pergunta de desenvolvimento. São apurados para a segunda eliminatória os melhores alunos a nível nacional e também os melhores por escola.

2ª eliminatória - Teste escrito com questões de escolha múltipla e duas perguntas de desenvolvimento. Esta eliminatória decorrerá nas escolas com alunos seleccionados. Para a Final Nacional, são apurados os melhores a nível nacional e os melhores por distrito/ilha.
Final nacional - Ao longo de um fim-de-semana, os finalistas realizarão um teste escrito com questões de escolha múltipla, uma prova oral em grupo, participarão num conjunto de actividades práticas (feira de experiências laboratoriais e descoberta de uma zona protegida) e um colóquio/debate na sessão solene de entrega de prémios.

Inscrição
A Escola deve preencher a Ficha de Inscrição na página de Internet das OA.

www.esb.ucp.pt/olimpiadas

sábado, 5 de janeiro de 2008

O Menino do Lapedo e seu Centro de Interpretação

Descoberta
Menino do Lapedo fez mudar a História
2008-01-05

Tinha os olhos grandes e expressivos, o rosto arredondado e o cabelo liso e comprido. Era assim o Menino do Lapedo, de quatro anos e meio de idade, cujo esqueleto foi descoberto no Vale do Lapedo, em Leiria, e desencadeou uma acesa discussão científica sobre a evolução da espécie humana.

A reconstituição facial foi feita por um especialista em efeitos especiais de Hollywood e estará em exposição, a partir de hoje, no Centro de Interpretação Abrigo do Lagar Velho, em Santa Eufémia, concelho de Leiria.

Com a abertura deste núcleo museológico, a Câmara de Leiria pretende lançar os alicerces para um projecto mais ambicioso: “Transformar o Vale do Lapedo num parque natural e criar um centro de investigação arqueológica para aprofundar os estudos sobre o Paleolítico Superior em Portugal”, refere o vereador Vítor Lourenço.

A importante descoberta aconteceu em Novembro de 1998 e, desde então, tem despertado o interesse dos mais conceituados arqueólogos e antropólogos mundiais. A sepultura paleolítica é a única encontrada na Península Ibérica e o esqueleto, com 24 500 anos, era também o único – à data das escavações – achado na Europa.

Se estas características eram já relevantes para os cientistas, o facto de se estar perante uma criança mestiça catapultou o assunto para o centro de um intenso debate sobre a evolução do Homem.

Até à descoberta do Menino do Lapedo, já havia antropólogos a defender a existência de hibridismo entre o homem de Neandertal (Homo Neanderthalensis) e o homem Moderno (Homo Sapiens).

Os dois grupos coexistiram milhares de anos no espaço e no tempo, mas os investigadores nunca chegaram a consenso sobre a ligação entre ambos. Uma corrente defende que os neandertais desapareceram sem se cruzar com os humanos modernos e sem deixar descendência. A outra é da opinião que as duas espécies se cruzaram e procriaram. A descoberta do esqueleto do Menino do Lapedo veio dar razão a esta última tese, a da miscigenação.

Para o norte-americano Erik Trinkaus, considerado um dos melhores especialistas da área da biologia e evolução Neandertal, os vestígios não deixam dúvidas. O menino tinha as pernas curtas, como os neandertais e as ancas estreitas como os homens modernos. E possuía queixo, uma característica do homem moderno inexistente nos neandertais. Os ossos acima dos olhos e das maçãs do rosto também são idênticos aos do homem de Neandertal. Enquanto o tórax, os braços e grande parte do crânio revelam semelhanças com os homens modernos.

Apesar destes dados, revelados após anos de estudo e exames aos restos mortais do Menino do Lapedo, há antropólogos que continuam a não aceitar a teoria da miscigenação. Mas Erik Trinkaus é pragmático na abordagem ao tema. “A questão já não é saber se houve mistura, mas em que grau ela ocorreu”, afirma o antropólogo da Universidade de Washington (EUA).

João Zilhão, que era director do Instituto Português de Arqueologia em 1998 , tem a mesma opinião. “Já foi provado que espécies próximas, como chimpanzés e bonobos ou mesmo espécies de babuínos que pertencem a géneros diferentes podem acasalar e produzir descendentes férteis”, frisa o arqueólogo, agora docente na Universidade de Bristol, no Reino Unido.

Segundo os dois especialistas, o esqueleto encontrado no Vale do Lapedo explica com clareza uma parte da História da humanidade. Ao deixarem a África para colonizar a Europa, os humanos modernos não exterminaram os antigos habitantes do continente, como anteriormente se pensava, mas misturaram-se com eles.

E é esta página do passado que se pretende dar a conhecer melhor, no Centro de Interpretação do Lagar Velho. Além do rosto, criado com base em técnicas forenses por Brian Pierson – um especialista em efeitos especiais que trabalhou em filmes como o ‘Titanic’ ou ‘Alien’ – será possível ver uma réplica do esqueleto, vários artefactos e a reconstituição dos abrigos pré-históricos.

RECONSTITUIÇÃO FEITA COM BARRO

A reconstituição do rosto do Menino do Lapedo começou com a reconstrução do crânio através da técnica de prototipagem rápida. Seguiu-se o preenchimento da parte muscular com barro e a moldagem do rosto, também em barro. A partir deste molde foi criado o modelo final, em silicone, para ficar mais parecido com a pele humana.

NÚCLEO MOSTRA VIDA HÁ MAIS DE 20 MIL ANOS

O núcleo museológico do Abrigo do Lagar Velho, que hoje abre ao público em Santa Eufémia, Leiria, visa dar a conhecer os resultados dos trabalhos arqueológicos no Vale do Lapedo e a sua contextualização na evolução anatómica do Homem.

O Centro de Interpretação é composto por dois módulos pré-fabricados, está instalado num terreno cedido por um particular (Adriano Faria Gaio) e dá acesso a um pequeno percurso pedestre que permite a observação do vale.

Num dos módulos, foi criada uma linha cronológica dos vestígios e afixado um conjunto de imagens sobre os aspectos naturais do Lapedo. Através destes elementos, é possível compreender algumas das características da vida do abrigo e recuar entre 20 a 30 mil anos para ficar a conhecer as diversas fases da pré-história já detectadas.

No segundo espaço estará uma réplica da sepultura do Menino do Lapedo, com um esqueleto feito através de impressão tridimensional pela Escola Superior de Tecnologia e Gestão de Leiria (ESTG). É aqui que será exposto também o rosto do menino, criado por Brian Pierson, o artista de efeitos especiais que trabalhou mais de dez anos em Hollywood e se especializou em reconstituições com técnicas forenses.

Os painéis informativos centrar-se-ão na explicação do ritual fúnebre e nas características do esqueleto que impulsionaram a tese da miscigenação.

ESTUDANTE FEZ A DESCOBERTA

A descoberta do Menino do Lapedo mudou por completo a vida de Pedro Ferreira. O jovem efectuava uma prospecção para o trabalho final da licenciatura em História do Património, em Outubro de 1998, e encontrou um abrigo com pinturas da Pré-história recente. Entusiasmado, informou o professor da Universidade de Évora, mas este não lhe deu crédito: “Achou que as pinturas não eram reais”.

Pedro Ferreira recusou cruzar os braços e contactou com técnicos do Instituto Português de Arqueologia (IPA), um organismo agora integrado no Instituto de Gestão do Património Arquitectónico e Arqueológico (Igespar). Os arqueólogos confirmaram a autenticidade das pinturas (com 2500 a 4500 anos), fizeram uma incursão ao lado oposto do vale e descobriram mais vestígios de ocupação Pré-histórica.

Uma máquina retroescavadora tinha estado a movimentar terras, deixando a descoberto um osso humano, de criança, com indícios de ritual funerário. Logo que teve o primeiro contacto com o achado, o arqueólogo João Zilhão percebeu de imediato que estava perante uma das mais importantes descobertas paleontológicas. Em duas semanas, mobilizou a sua equipa e accionou uma escavação de emergência. Pedro Ferreira foi convidado a participar nos trabalhos de registo e levantamento. E nunca mais se desligou do processo.

Acabou o curso, ingressou na Câmara Municipal de Leiria como Técnico Superior de Património, e foi o responsável pelo projecto museológico do Centro de Interpretação do Abrigo do Lagar Velho.

Alcançado o desejo de dar a conhecer ao público a importância arqueológica do Vale do Lapedo, Pedro Ferreira, agora com 33 anos, acalenta outro sonho: “Ver o local classificado como monumento nacional”.

in Correio da Manhã - ler a notícia completa aqui



Centro de Interpretação do Lapedo abre dia 5 de Janeiro

O Centro de Interpretação Abrigo do Lagar Velho – Lapedo, localizado na freguesia de Santa Eufémia, vai ser inaugurado no dia 5 de Janeiro de 2008. O respectivo programa foi apresentado na reunião de Câmara de 11 de Dezembro pelo Vereador da Cultura da Câmara Municipal de Leiria, Vítor Lourenço.
O programa tem início pelas 10H30, com uma visita guiada ao Vale do Lapedo, seguida da cerimónia formal de inauguração do Centro de Interpretação Abrigo do Lagar Velho, pelas 12H00. Às 15H00, decorrerá uma sessão de conferências, aberta ao público no auditório 01 da Escola Superior de Tecnologia e Gestão do Instituto Politécnico de Leiria (ESTG/IPL), com a presença dos investigadores Erik Trinkaus, antropólogo da Universidade de Washington (Saint Louis – EUA), Brian Pierson, antropólogo da Universidade de Tulane (New Orleans – EUA), João Zilhão, arqueólogo em exercício na Universidade de Bristol (Reino Unido), Francisco Almeida, arqueólogo do Instituto de Gestão do Património Arquitectónico e Arqueológico (IGESPAR) para além de Paulo Bártolo, em representação da ESTG/IPL.
Erik Trinkaus é considerado por muitos como sendo o maior estudioso mundial da área da biologia e evolução Neandertal e ainda especializado em paleontologia humana, arqueologia paleolítica, anatomia funcional e biologia do esqueleto.
Brian Pierson, para além da sua actividade académica, é especialista em reconstituições faciais forenses, tendo estado ainda ligado à criação de efeitos especiais de filmes como “Titanic”, “Alien - o regresso” ou “Star Trek: insurreição”. Participou na reconstituição da cabeça do menino do Lapedo.
João Zilhão é doutorado em arqueologia pré-histórica pela Universidade de Lisboa. Em Janeiro de 1996 foi designado responsável pelo projecto de criação do Parque Arqueológico do Vale do Côa. Actualmente é professor na Universidade de Bristol.
O arqueólogo do IGESPAR, Francisco Almeida, tem participado como comissário científico na criação do Centro de Interpretação Abrigo do Lagar Velho.

Centro de Interpretação Abrigo do Lagar Velho
O projecto museológico do Abrigo do Lagar Velho tem como objectivo, através de uma exposição organizada em dois módulos, dar a conhecer ao público os resultados dos trabalhos arqueológicos realizados neste sítio arqueológico e a sua contextualização nas últimas alterações da evolução anatómica do homem.
O espaço intervencionado é composto por módulos pré-fabricados, amovíveis, instalados num terreno cedido ao Município de Leiria por um particular: Adriano de Faria Gaio. Por se tratar de uma área junto ao topo da vertente com um desnível de cota de cerca de 80 metros, está prevista uma zona de observação, que permitirá um bom enquadramento visual sobre o Vale.
O projecto museológico engloba a criação de dois espaços de interpretação distintos, um em cada módulo. O Módulo 1 contempla a recepção e o espaço expositivo dedicado à vida no Paleolítico Superior.
A visita inicia-se com um texto de apresentação do projecto, seguindo-se um espaço para a interpretação cronológica dos vestígios afectos ao conteúdo da exposição e algumas imagens de aspectos naturais do Vale do Lapedo. Neste módulo, o visitante poderá observar e compreender alguns aspectos da vida do abrigo durante as várias fases da pré-história já detectadas (30 mil a 20 mil anos antes do presente).
O conteúdo do Módulo 2 é dedicado ao espaço fúnebre da criança, focando a sepultura e morfologia do “Menino do Lapedo” e centrando-se na explicação do ritual fúnebre, bem como das características morfológicas do esqueleto que impulsionaram decisivamente a tese da miscigenação entre o homem de Neandertal e o homem anatomicamente moderno.
Estará ainda presente uma réplica à escala real do esqueleto e da sepultura do Menino do Lapedo, encerrando-se o circuito com a projecção de um vídeo acerca do sítio.
A organização deste evento é da responsabilidade da Câmara Municipal de Leiria e conta com o apoio do IGESPAR, ESTG/IPL, da Região de Turismo de Leiria Fátima e Junta de Freguesia de Santa Eufémia.

in página oficial da C. M. Leiria - ler texto

Carsoscópio - relato de uma visita

Do Blog Geopedrados publicamos o seguinte post:


No passado dia 28.12.2007 (6ª-feira) fui com o meu filho até ao Carsoscópio - Centro Ciência Viva do Alviela. Diversas pessoas tinham-me perguntado se valia a pena a visita e nada como ver in situ para confirmar expectativas. O meu filho adorou e eu também, mas há que fazer algumas ressalvas, críticas e comentários...

1. Edifício
Já meu conhecido de longa data, tem o Centro Ciência Viva, a recepção do Parque de Campismo e Centro de Alojamento e outras instalações. É excelente...

2. Geódromo
Quando me sentei em uma das 16 cadeiras (é pena que não sejam 25, o que facilitaria as visitas escolares...) demorou cerca de 20 minutos até as meninas conseguirem pôr a máquina a funcionar, talvez por não perceberem bem o software do programa. A plataforma onde estão as cadeiras é basculante (bastante basculante, ao ponto de eu finalmente perceber o que o Presidente da República tinha dito sobre este local...) e o filme é engraçado e bem feito, com boa revisão científica. Os putos adoram...


3. Climatógrafo
Não funcionou na minha visita, o que diz tudo. É uma pena que inaugurem uma estrutura destas e depois ou o material (software/hardware?) não trabalhe. Neste local deveria ter visto um filme 3D sobre os 180 km² da bacia de alimentação do Alviela que permite contemplar a passagem das estações do ano e as diferenças que estas imprimem no curso da água. No final pudemos ver um excelente modelo da circulação das águas no carso local (o meu filho comandou a máquina) com uma boa explicação do que são sumidouros, grutas, exsurgências, ressurgências e endocarso. Excelente, quando tudo funcionar...




4. Quiroptário
Este espaço funcionou em pleno. As crianças adoram entrar com capacete de espeleólogo e frontal aceso (o meu filho já está bastante habituado...). Os primeiros painéis são vistos na penumbra, as explicações são boas, os modelos engraçados e bem concebidos e há uma série de materiais experimentáveis (orelhas de morcego, ecolocalizador para fazer percurso sem recurso à visão, cálculo da quantidade alimentos que teríamos de ingerir diariamente se fossemos morcegos, etc.). Espaço muito agradável - muito bom...




Resumindo, quando tudo funcionar será um local excelente para visitas de estudo, complementadas com outras actividades no local (praia fluvial, desportos de natureza, percurso pedestre, entre outros, e mesmo do Algar do Pena, a poucos quilómetros). Esperemos é que tudo funcione, sempre e bem...


NOTA - Links para os posts anteriores sobre este assunto:

terça-feira, 1 de janeiro de 2008

Embora hoje seja terça-feira...


...nada melhor do que começar o ano novo (antes que o estraguemos e passe a ano velho...) com Poesia:

PERENIDADE

Se eu não fosse poeta,
O dia de hoje seria apenas
Segunda feira.
Igual a tantos outros,
De trabalho, de pressa e de canseira
E apagado nas horas.
Assim foi singular.
Ocioso,
Moroso
E repousado,
E teve
A duração num verso demorado.
Dez sílabas que agora
O amanhecem
E anoitecem
No meu ouvido,
Depois de acontecido.

in Diário XV, Miguel Torga, 06-01-1989